terça-feira, 31 de março de 2009

Verdade no dia da Mentira


Quando despertou a idéia de criar um blog ligado às atividades escolares, relatando o dia-a-dia com a Educação, suas vivências e experiências, houve a necessidade de dar nome a ele.

Muitos títulos vieram à mente, mas numa dessas, porém, a inspiração apontou para "Além do Caderno". Não pensei duas vezes, estava decidida e o desafio lançado.

Desde então, tem sido prazeroso discorrer sobre os assuntos que estão disponíveis, fruto de muito trabalho e dedicação.

É com muito entusiasmo e incontido prazer que posto cada uma das matérias, sempre na certeza de estar, antes de tudo, prestando um serviço, disponibilizando - sem véus ou panos pretos - cada uma das atividades postas em prática.

Espero, assim, estar contribuindo com colegas e pessoas de bem, interessadas em fazer da educação uma estrada rumo ao conhecimento, iluminada pela paz.

Um abraço a todos que prestigiam este trabalho, pois isto é o meu maior incentivo.

Isabel.

domingo, 29 de março de 2009

Construção do Número- Unidade e Dezena

Neste ano (2009), para introdução do sistema decimal na construção do número em unidades e dezenas, utilizei palitos para criar agrupamentos.
Distribuí o material entre os alunos, dando a eles a liberdade de realizar várias montagens, como mostra a foto:


Realizamos oralmente a contagem dos palitos, registrando os números correspondentes no quadro.
Pedi que observassem a escrita de 0 a 9. Quando chegamos no 10, observamos que havia 2 algarismos, isto é, a formação de duas ordens. A dezena formou o primeiro agrupamento de palitos num atilho (foto).
Organizamos a contagem de 10 em 10.
Questionamentos:
Quantos palitos são necessários para fazer um “montinho”?
Qual a quantidade máxima de palitos que pode ficar sem amarrar?
Tendo dez palitos o que faço com eles?
Como são chamados os palitos que ficam soltos?


Atividades que realizei, após o trabalho manual com os palitos, na fase semi-abstrata.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Identidade- Desenho de Giz



Neste inicio de ano trabalhamos sobre a identidade dos alunos.
Quem somos? Quem sou?
Reflexão sobre o poema abaixo, que não tem idade.
A pergunta feita por todos, nalgum momento da vida, é “quem sou EU?”.
Ao meu ver as respostas são encontradas todos os dias em nossa vida, somente observando nossas ações, atitudes e pensamentos que vão ampliando nosso nível de percepção de consciência. Mas isto é outra história.



Identidade

Às vezes nem eu mesmo
Sei quem sou.
Às vezes sou
“o meu queridinho”
Às vezes sou
“o moleque malcriado”
Para mim às vezes sou rei,
Herói voador, cow-boy lutador.
Jogador campeão.
Às vezes sou pulga, sou mosca também,
Que voa e se esconde de vergonha
Às vezes sou Hércules, Sansão vencedor,
Peito de aço, goleador.
Mas que importa o que pensam de mim?
Eu sou quem sou, eu sou eu
Sou assim,
Sou menino.

Autor: Pedro Bandeira

Realizamos várias atividades inspiradas neste texto, como documentam as fotos.

Desenho de Giz

Na quadra da Escola, os alunos, em duplas, desenharam o contorno do corpo do colega, pintando e embelezando seu desenho a partir de como se sentiam e se viam, em tamanho real.

terça-feira, 24 de março de 2009

Gráfico de caixinhas coloridas

Construindo gráficos de caixinhas coloridas, através de informações de dados coletados na sala de aula, com a opinião dos alunos.
Materiais utilizados:
Caixinhas coloridas
Cartões de escolha
Idéias variadas: idade dos alunos, cidade que nasceu, time que torce, fruta preferida, brinquedo legal, programa preferido...
Distribuição das caixinhas, para a colocação na coluna desejada.
Observação das colunas:
Questionamentos:
Qual a coluna maior?
Qual coluna obteve menor resultado?
Quais colunas têm a igual quantidade?
Quantas caixinhas serão necessárias para coluna menor chegar a igual quantidade da maior?
Iniciar as idéias de adição e subtração.
Nesta imagem, o gráfico é sobre a idade dos alunos.

Registrar no caderno o gráfico realizado.





domingo, 22 de março de 2009

Figuras geométricas- Jogo de Memória

Fugindo um pouco do Xadrez, mas não tanto do aspecto lúdico, vou relatar hoje as atividades que envolvem um jogo chamado memória, o qual trabalhei nas turmas onde atuei há alguns anos, quando realizei várias atividades no Laboratório de Matemática, o qual dispunha de materiais confeccionados por mim, através de pesquisas em várias fontes, para os alunos desenvolverem suas habilidades cognitivas de raciocínio lógico matemático.
Um dos jogos foi o de memória, envolvendo peças grandes, para toda a turma jogar. Nesta modalidade, cada aluno esperava a sua vez de jogar, diante dos demais colegas, os quais auxiliavam na observação dos cartões (peças) e interagiam no jogo.
O outro jogo foi com peças normais (cartinhas). Com elas os alunos praticavam nas suas próprias classes, em duplas ou trios. Eles registravam cada passo nos seus próprios cadernos.

Materiais utilizados:

  • Folha de ofício
  • Papel colorido
  • Cola
  • Tesoura

quarta-feira, 18 de março de 2009

Jogando Xadrez no IXC

Promovendo a interação entre a sala de aula e o projeto do Xadrez com o Laboratório de Informática, os alunos jogaram Xadrez online, a partir do donwload do jogo no site http://www.ixc.com.br/ que foi demonstrado no Seminário Regional de Xadrez, ocorrido na escola Liberato Salzano, onde apresentei trabalho desenvolvido juntamente com a colega Tatiane Becker, professora do projeto de Xadrez.
Os alunos acessaram o programa como convidados, observando a sua identificação. Em seguida jogaram entre si e com outros participantes que estavam online.
O importante nesta modalidade é o fator tempo, no qual o jogador pode estipular a duração do jogo.
Os alunos acharam o máximo e sempre que estão no laboratório jogam uma partida.
Acesse o site, vale a pena. Recomendo!
Segue imagem do jogo.

Imagem retirada da internet.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Xadrez na sala de aula


A introdução do xadrez na sala de aula ampliou os horizontes do conhecimento pedagógico, proporcionados pelo jogo, inserindo os conteúdos da série em seu aprendizado.
O jogo possui características importantes, nas quais podem se desenvolver habilidades em diversos níveis. No raciocínio lógico, por exemplo, propõe ao aluno inúmeros exercícios na busca de combinações em prol dos melhores lances, tendo à frente variadas possibilidades em sua trajetória de assimilação.
Haja vista ser o primeiro contato com o jogo, o ensino amplia-se para diversas áreas do conhecimento, abrindo um leque de atividades a serem exploradas na construção desta prática, desde leituras, cálculos, análise de jogos, simbolismos, pinturas, montagens, recortes, colagens e modelagens.
Na parte motora, utilizar o próprio corpo como peça de Xadrez, visualizar seus ataques e defesas, orientar-se. Noutras palavras, estar literalmente dentro do jogo.
Nesta possibilidade de aprendizagem lúdica ampliam-se conhecimentos e se adquire a linguagem do jogo, estimulando a autoestima, a competição saudável e o trabalho em equipe.





terça-feira, 10 de março de 2009

Jogo Santo ( Símios )

Jogo Santo
Banda Símios
De tão rígidas movem-se apenas em linha reta
Até que um dia a contradição dos fatos as
Fizeram ir pra todos os lados
E os cavalos correm no “l” de liberdade
Rumo as montanhas de uma só cor... yeah!
E a religião na ambiguidade de suas diagonais
São a causa e dão o nome ao jogo
Enquanto a rainha o ataca a porretadas o rei
Põe as barbas de molho
E os peões, apenas peões, e os peões...
Somos apenas peões no tabuleiro do jogo
Tudo que nos foi herdado um reinado imaginário
Nos botarão na prisão...
Agora estamos cercados o sol nasce em quadrados
Derretendo às ilusões...
E a religião na ambiguidade de suas diagonais
São a causa e dão o nome ao jogo
Enquanto a rainha o ataca a porretadas o rei
Põe as barbas de molho
E os peões, apenas peões, e os peões...
Somos apenas peões no tabuleiro do jogo
Tudo que nos foi herdado um reinado imaginário
Nos botarão na prisão...
Agora estamos cercados o sol nasce em quadrados
Derretendo às ilusões...
Em preto e branco eu encontrei
Saídas sem pretensão tive medo de perder...
E ficar sem direção bispos nos protegerão
Xeque mate eu não sei dizer...
De tão rígidas movem-se apenas em linha reta
Até que um dia a contradição dos fatos as
Fizeram ir pra todos os lados
E os peões, apenas peões, e os peões...
Somos apenas peões no tabuleiro do jogo.

domingo, 8 de março de 2009

Parabéns para Nós


Mulher...

Tens sete sentidos,

Sete chaves de poder!

Mulher...

Mística flor, pétala serena,

Seiva suave de uma árvore suprema,

Indecifrável!

Mulher...

Força felina e manhosa,

Mulher...

frágil e poderosa,

Sobretudo

Mulher...

Um sopro de vida no mundo,

Alma do sonho e da dor!

És assim, quase perfeita!

Perfeita dádiva do Criador...

Bem aventurada a mulher que se empenha em promover um mundo mais justo e mais humano.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Movimento do Cavalo- Jogo de Xadrez


Os Cavalos são, sem dúvida, peças importantes na formação de um grande exército. Sua força física permite que tenham um poder exclusivo na batalha do Xadrez, pois saltam sobre as outras peças de seu exército ou do inimigo.
Pelas suas características especiais, os Cavalos movimentam-se de uma forma completamente nova e diferente.
Saltam três casas de cada vez, em qualquer direção, sempre formando um L, mas capturando somente as peças inimigas que estiverem ocupando a última casa do L, ou seja, no final do pulo.

Tínhamos vivenciado o movimento do Cavalo no tabuleiro gigante, como mostra umas das postagens antigas e o vídeo.
Na aula de informática exploramos o jogo do movimento do Cavalo,
entre outros disponibilizado no site:
http://www.ojogos.com.br/jogos/xadrez/xadrez.html mas, o sugerido abaixo foi retirado ar.
Segue o link do novo jogo do Cavalo na captura dos Peões negros. Irei trabalhar este jogo com os alunos nas próximas aulas, pois é muito interessante.

Seguem as imagens da atividade de jogo, no Laboratório de Informática.




domingo, 1 de março de 2009

Lenda do Jogo de Xadrez- Malba Tahan


"Em um reino muito distante havia um rei que estava muito triste. Sua vida era monótona. Um dia, afinal, o rei foi informado de que um moço brâmane solicitava uma audiência que vinha pleiteando havia já algum tempo. Como estivesse, no momento, com boa disposição de ânimo, mandou o rei que trouxessem o desconhecido à sua presença. E o jovem começou a falar:
– Meu nome é Lahur Sessa e venho da aldeia de Namir, que trinta dias de marcha separam desta bela cidade. Ao recanto em que eu vivia chegou a de que o nosso bondoso rei arrastava os dias em meio de profunda tristeza, amargurado pela ausência de um filho que a guerra viera roubar-lhe. Grande mal será para o país, se o nosso dedicado soberano se enclausurar, como um brâmane cego dentro de sua própria dor. Deliberei, pois, inventar um jogo que lhe desse alegria novamente. E é isto que me traz aqui.
Como todos os soberanos, este também era muito curioso, e não aguentou para saber o que o jovem sábio lhe trouxera. O que Sessa trazia ao rei consistia num grande tabuleiro quadrado, dividido em sessenta e quatro quadradinhos, ou casas, iguais. Sobre esse tabuleiro colocavam-se, não arbitrariamente, duas coleções de peças que se distinguiam, uma da outra, pelas cores branca e preta, repetindo porém, simetricamente, os engenhosos formatos e subordinados a curiosas regras que lhes permitiam movimentar-se por vários modos. Sessa explicou pacientemente ao rei, aos monarcas vizires e cortesãos que rodeavam, em que consistia o jogo, ensinando-lhes as regras essenciais. (...) Depois, dirigindo-se ao jovem brâmane, disse-lhe:
– Quero recompensar-te, meu amigo, por este maravilhoso presente, que de tanto me serviu para o alívio de velhas angústias. Diz-me o que queres, qualquer das maiores riquezas, que te será dado.
– Rei poderoso, não desejo nada. Apenas a gratidão de ter-te feito algum bem que basta.
– Causa-me assombro tanto desdém e desamor aos bens materiais. Por favor, diga-me o que pode ser-te dado. Ficarei magoado se não aceitar.
– Então, o invés de ouro, prata, palácios, desejo em grãos de trigo. Dar-me-ás um grão de trigo pela primeira casa, dois pela segunda, quatro pela terceira, oito pela quarta, dezesseis pela quinta, e assim sucessivamente, até a sexagésima quarta e última casa do tabuleiro.
Todo mundo ficou espantado com o pedido. Tão pouco!
– Insensato, chamou-lhe o rei, donde já se viu tanto desamor pelos bens materiais?
Chamou então, o rei, os algebristas mais hábeis da corte, e ordenou-lhes que calculassem o valor. Após muito tempo, voltaram:
– Rei magnânimo! Calculamos o número de grãos de trigo que constituirá o pagamento e obtivemos um número cuja grandeza é inconcebível para a imaginação humana.
Lathur Sessa abriu mão de seu pedido, mas mostrou ao rei uma nova maneira de pensar. Ganhou com isso um manto de honra e ainda 100 sequins de ouro.
Explicação:
Assim chegou-se a este resultado: ::1:2:4:16:32:64 A soma dos 64 primeiros termos dessa progressão é obtida por meio de uma fórmula muito simples, estudada em matemática elementar.
Aplicada a fórmula, obtemos para o valor da soma S S=2^64 - 1 Para obter o resultado final devemos elevar o número 2 a sexagésima quarta potência, isto é, multiplicar 2.2.2.2.2.2.2.2.2.2.2..... tendo esses produto sessenta e quatro fatores iguais a dois.
Depois do trabalhoso cálculo chegamos ao seguinte resultado: S= 18 446 744 073 709 551 616 - 1 Resta agora, efetuar essa subtração. Da tal potência de dois tirar 1. E obtemos o resultado final: S= 18 446 744 073 709 551 615 Esse número gigantesco, de vinte algarismos, exprime o total de grãos de trigo que impensadamente o lendário Rei prometeu, em má hora, ao não menos lendário Sessa, inventor do jogo de xadrez."

Atividade - Lenda do Xadrez

Os alunos desenharam no tabuleiro os grãos de trigo, como sugeria a lenda do xadrez. No no início às casas do tabuleiro acomodavam o desenho dos grãos, mas na medida que as quantidades iam aumentando não havia mais como realizar os desenhos, então os alunos partiram para os cálculos.

Como a turma era de 3º ano de 9 anos e, ainda não tinham iniciado o aprendizado da multiplicação para realização do dobro, os alunos realizavam os cálculos de adição. Muitos foram bem longe nos cálculos chegando até a unidade de milhar e dezena de milhar, pois, já tinham a compreensão da transformação de unidade, dezena, centena o milhar chegou como consequência da compreensão matemática.